sábado, 12 de janeiro de 2013

9° DIA – LIMA - CHICLAYO (VISÃO JULIANO)



Entrar e sair de Lima não é uma tarefa que deve ser feita de qualquer jeito. O trânsito de uma cidade de mais de 7 milhões de pessoas deve ser considerado para tanto. O tamanho da cidade, também. Levamos 1 hora para sair dela, rodando por 50 quilômetros do hotel até uma área desabitada. Na entrada, tivemos sorte de já ser noite, quando as coisas estavam mais calmas. Na saída, decidimos por sair bem cedo (5:45h), antes do horário do “roxo”. Deu certo, evitando-se um stress inicial e uma perda de tempo precioso.

O Peru é muito parecido com o Brasil. Os contrastes estão presentes como no caso brasileiro, sendo um país com extrema beleza e grande pobreza. No trecho de hoje, paisagens muito bonitas, mas absoluta precariedade na vida dos peruanos. Para o viajante, a impossibilidade de comer qualquer coisa decente. Na subida da Panamericana Sul, encaramos algumas coisas duvidosas, mais por boa vontade com quem nos servia do que por prazer. Hoje foi impossível. Às 8 da manhã, nos ofereceram peixe frito com batatas, sendo a cara do peixe, ainda cru, mais do que duvidosa. Pra combinar com o lugar, evidentemente, Passamos, e só fomos comer algo em um posto de combustível em Trujillo, no final da tarde.

A saudade da família já começa a dar mais sinais. Não sei se é porque a distância vai aumentando ou por causa do tempo fora de casa (ou os dois), mas é algo perceptível. O Edson de F. Beltrão, com quem conversei sobre isto em S.P. de Atacama, lembrou que “quando as coisas vão bem tudo bem”, mas quando começam a dar errado, a saudade aumenta. Hoje o dia foi difícil. Ficamos 15 horas na estrada para percorrermos pouco mais de 750 quilometros, sendo 100 deles já no escuro. Diferente do dia de Arica-Atico, em que pretendíamos chegar a Nazca e abortamos ao escurecer, hoje decidimos continuar na estrada, o que foi extremamente desgastante e perigoso, principalmente porque os peruanos não se importam em fazer ultrapassagens quando há carros vindo no sentido oposto. Bem normal nós e os próprios locais terem que sair para o acostamento para evitar um acidente. E à noite, tudo fica mais difícil. 

A proximidade entre as cidades peruanas ao norte de Lima é algo que impede qualquer tentativa de andar rápido. Estamos o tempo todo em uma zona urbana. E quando não, o tráfego de caminhões lentos incomoda demais. Fizemos o trajeto previsto no roteiro, mas com grande dificuldade. Amanhã vamos rever o plano e minha proposta vai ser tentar viajar apenas em “horário comercial”.

DADOS DA VIAGEM:
11/01/2013
Partida:  5:45h
Chegada:  20:40h
Distância:  780 km
Consumo médio: 17 km/l
Temperatura Mínima/Máxima: 22/30°C
Trajeto: Panamericana Norte
Hospedagem: Mochiks Hotel – Avaliação: Bom /Preço: muito bom (reserva – booking.com)
Postos de Combustível:  Encontrados a distâncias tranquilas. Aceitam somente efectivo - Cartão de crédito em Lima e Trujillo; 



Triciclos que o Ruy quer importar para vender no Brasil




Após acordar as 4:30 da manhãna, oração em voz baixa



GS Adventure de Expedição

Proprietário da moto
 

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