Como um pneu furado pra começar o dia pode ser bom? No dia anterior, o pneu da moto do Ruy começou a baixar, então calibramos com a esperança de não ser nada. Já na garagem do hotel, à noite, encontramos o que poderia ser o local do vazamento. De manhã, o pneu estava quase no chão, e tínhamos um dia longo pela frente. Chegando em uma borracharia próxima à saída da cidade, o sentimento de ansiedade e o cansaço foram embora, de uma maneira difícil de explicar. A simplicidade e o excelente atendimento dos salvadorenhos Luis e Oscar me deram um ânimo e fôlego essenciais para aquele novo dia, e o Luis ainda aproveitou para encontrar um prego atravessado na lateral do pneu traseiro da minha moto, mas que não chegou a causar nenhum vazamento depois de retirado.
Estrada muito ruim até próximo da capital San Salvador, onde tudo melhorou, com pista dupla até próximo à fronteira. Para sair de El Salvador, tudo bastante tranquilo e rápido, o que foi compensado com uma demora de 1:40h para entrar na Guatemala. O que parecia fácil, pelo pouco movimento, demorou bastante. Primeiro, o sistema “caiu”. Depois, almoço dos funcionários. Ai, nosso despachante pediu US$ 150 pra agilizar tudo em 15 minutos. Demos $30 e inexplicavelmente o sistema voltou a funcionar e em 25 minutos estávamos liberados. Entramos então em um país lindíssimo, com paisagens repletas de montanhas e de verde, com estradas boas em direção ao centro do país.
Mais pro final do dia, já estava escuro quando tentávamos chegar a uma cidade um pouco maior que tínhamos escolhido como nosso destino (Mazatenango). Diante do trecho de estrada ruim e do alerta para que não viajássemos à noite, paramos em um posto de combustível para perguntar onde dormir ali perto. Ali encontramos a polícia guatemalteca, que achou que as opções de estadia eram muito ruins por ali e decidiu nos escoltar até Mazatenango. Não teve conversa. O inspector Miranda Fuentes e o agente Sanil Samol pediram autorização para o chefe da policia e montaram uma operação que reuniu duas patrulhas para a escolta, tudo justificado pelo risco de delinquência e pelo alto valor das nossas motos e equipamentos, segundo eles. Após a chegada ao hotel, me senti no filme Long Way Round, quando os policiais se ofereceram também para nos escoltarem no dia seguinte, até a fronteira. Mas daí já seria dia, sem grandes riscos, e queríamos andar no nosso ritmo. Mas ficamos agradecidos com a oferta e surpresos com a atenção dispensada aos turistas.
DADOS DA VIAGEM:
25/01/2013
Partida: 7:50h
Chegada: 21h
Distância: 508 km
Consumo médio: 19 km/l
Temperatura Mínima/Máxima: 29/34°C (chegada com 25°C)
Trajeto: Panamericana até a fronteira, acesso a Moyuta para pegar a CA2 em direção à Escuintla;
Hospedagem: Bambu Hotel – Avaliação: Muito bom /Preço: excelente (balcão)
Postos de Combustível: Encontrados a distâncias tranquilas. Aceitaram efectivo, US$ e cartão de crédito;
Fronteira: ingresso na Guatemala – custo 2 motos: US$ 5 despachante, 30 propina, 43 permisso;
Ruy trouxe de tudo |
Curiosos... |
Ruy, Oscar e Luis |
Fronteira El Salvador - Guatemala |
Por do sol na Guatemala |
Patrulha da Guatemala |
Inspector Miranda e Agente Sanic |
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