11° DIA – TUMBES – QUEVEDO (EQUADOR) (VISÃO JULIANO)

Red Bull é muito bom. Se estamos cansados, nos desperta. Se estamos tristes, algo nele nos faz sentir bem. Até pra dormir ajuda. Tenho tomado mais ou menos um por dia. As vezes falho, mas já tomei mais que um no mesmo dia. Tomo basicamente pra passar o sono. Quem mistura na bebida porque não gosta do gosto do whiske ou da vodka está desperdiçando Red Bull, e a bebida. Não sou patrocinado pelo energético, mas tenho que reconhecer que ele melhora o humor. Uma dose diária de cafeína, taurina e demais drogas lícitas vai muito bem. Talvez porque eu não tome nada com cafeína no dia a dia o efeito seja maior. Mas tudo isto me faz ficar cada vez mais convicto que nossas reações a tudo o que nos cerca são essencialmente químicas, sendo um bom exemplo disto como reagimos a uma mesma situação antes ou depois de termos tomado café da manhã.

Hoje fizemos a fronteira rumo ao Equador, sofrendo com a burocracia dos países sudamericanos. 4 filas e quase 3 horas depois, partimos rumo a Quito, mas paramos mesmo em um hotel de beira de estrada em um buraquito no Equador, um pouco antes de Quevedo. Aduanas e imigrações feitas, tivemos que voltar a cidade de Huaquillas,  10 quilômetros antes da aduana equatoriana, para pagar o SOAT, um seguro para estrangeiros em relação a terceiros, equivalente à carta-verde do Mercosul. Custo ridículo (US$ 3), mas cujo pagamento dependia de muita boa vontade e dedicação por parte dos viajantes. Para nossa sorte, a impressora do único lugar que fazia esta maravilha para motos estragou quando já havíamos pago o nosso. Sem o SOAT, segundo o Capitan da Aduana, não se poderia seguir viagem. Questão importante para quem quer cruzar a fronteira após o horário comercial, já que não há pagamento 24 horas do seguro. O único ponto de controle deste documento foi nessa Aduana, muito embora tenhamos ouvido muito sobre o rigor da policia equatoriana na fiscalização disto - sempre presente na estrada -, mas que não nos parou nenhuma vez. Como na aduana foi feita a autorização para ingresso temporário das motos, seria necessário deixar de fazer este documento para não ter que se submeter ao controle do SOAT, o que poderia ser problemático na saída do país. Amanhã confirmarei esta situação.

As estradas, em geral, estão boas. Pequenos trechos em obra, em uma tentativa de duplicação, e outros trechos já duplicados, mas com muito movimento, especialmente de caminhões. E hoje é domingo. Difícil render o suficiente, especialmente porque o limite de velocidade varia entre 90-100 km/h, sendo que ultrapassar os 120 km/h rende pena de prisão por 3 dias, segundo relatos dos locais. Andamos no máximo a 110.

Viajamos um bom trecho com motociclistas da Colômbia, que foram ao Peru seguir o Dakar.

DADOS DA VIAGEM:

13/01/2013

Partida: 8:30h

Chegada:  19h

Distância: 410 km

Consumo médio: 17 km/l

Temperatura Mínima/Máxima: 27/33°C

Trajeto: Panamericana Norte, E-25

Hospedagem: Hotel Jade – Avaliação: Bom /Preço: bom (direto no balcão)

Postos de Combustível: Encontrados a distâncias tranquilas. Aceitaram US$, tido como a moeda local, e cartão de crédito ao longo do trecho, não ao mesmo tempo; 

Ruy sentirá falta do Peru

Fronteira Peru-Equador

It's not Disney World

Xavier, Guilhermo e trupe colombiana

`Passeio em família

Veronica e viajeiros