Para os que ainda não sabem, chegamos aos EUA. Emocionante, enquanto conquista de um objetivo, mas um pouco frustrante, pelo tratamento dispensado na fronteira. O procedimento migratório foi rápido e objetivo. Fronteira de pequeno porte e com funcionários suficientes para o trabalho. Na hora do permit para as motos, perguntas e mais perguntas e má-vontade em ver que tinhamos visto válido para ingresso nos EUA e que saímos do Brasil e viemos até aqui para não para ficarmos para sempre, mas como o destino de uma longa viagem. Autorização concedida, veio o alerta para da próxima vez trazermos documentação hábil a comprovar a origem das nossas receitas financeiras e vínculo com o Brasil, como no caso da concessão do visto. Talvez este seja um procedimento desta fronteira em específico, talvez seja algo novo. Mas ficamos um pouco preocupados durante a série de questionamentos, e mais ainda quando o agente aduaneiro, depois de tudo já certo, me confirmar que poderíamos ter o permit negado. Imagine cruzar a América do Sul e Central inteira pra não entrar nos EUA?!
Antes de chegarmos aqui, saímos de Tuxpan para rodarmos com muita neblina por quase 2 horas. Estradas um pouco esburacadas e com bastante movimento até Tampico. Depois de lá, trechos excelentes. Velocidade de cruzeiro 160km/h. Não andamos nesta velocidade, obviamente. Dá para fazer tranquilamente até a fronteira em Matamoros no dia, chegando cedo lá. Não conseguimos chegar porque tivemos um pneu furado e uma sessão "encontros e desencontros" no caminho. Como para a GS não existem muitos obstáculos, fiquei um pouco para frente do Ruy em um trecho de chão, onde estão refazendo a rodovia. Bem ali furou o pneu traseiro da moto dele. 50 km depois, senti a falta do Ruy. Conversei com alguns viajantes e descobri que ele estava me esperando. Voltei para buscá-lo e depois de muito rodar, não vi ele e consegui passar do lado da moto dele, que estava parada quase no meio da estrada. Como o Ruy tem carro bom e não usa serviço de guincho há muito tempo, não sabia que precisava esperar ao lado do veículo, para facilitar o serviço do resgate. Sem explicação, não vi nem ele nem a moto e rodei mais 12 km até um ponto em que sabia que tínhamos passados juntos. Depois, no reencontro, foi só alegria, mas só encontramos o furo porque eu tinha a bomba de ar elétrica, porque os cilindros de ar não mostravam o problema. Vale a pena carregar o equipamento.
No trajeto até a fronteira fomos parados em alguns postos de controle militar e a presença da polícia federal é constante. Todos com quem falamos dizem que a região é muito perigosa, mas enquanto há "vigilância", ou seja, até as 19 horas, o problema é bem pequeno, o que foi confirmado pelas autoridades locais. O que não dá para entender é por que então não se tem presença policial também à noite, forçando os "mafiosos", como os bandidos são chamados, a diminuírem suas ações criminosas?! E isto ocorre não só no México, como já mencionamos antes.
Hoje viemos da fronteira americana até o subúrbio de Houston, com as estradas que todos gostaríamos de ter no Brasil. Mais de 600 km em 7 horas de viagem. GPS funcionando milimetricamente, postos de gasolina por tudo, lanchonetes, restaurantes, enfim, estamos nos EUA. As estradas são tão boas que até perde a graça. Estamos pilotando só por instrumentos.
DADOS DA
VIAGEM:
30/01/2013 - TUXPAN - BROWNSVILLE (EUA)
Partida: 7:30h
Chegada: 22:30h
Distância: 812 km
Consumo
médio: 12 km/l
Temperatura Mínima/Máxima:
24/29°C (chegada com 18°C)
Trajeto: ...;
Hospedagem: Motel 6 – Avaliação: just a cheap motel, conforme quem nos indicou o lugar /Preço: caro (balcão)
Postos de Combustível: Encontrados a distâncias tranquilas. Aceitaram efectivo e cartão de crédito;
Fronteira: Entrada EUA: US$ 6 permit
31/01/2013 - BROWNSVILLE - HOUSTON
Partida: 10:45h
Chegada: 17h
Distância: 620km
Consumo médio: 17 km/l
Temperatura Mínima/Máxima: 22°C (chegada com 18°C)
Trajeto: I77, I59, US 10;
Hospedagem: Quality Suites – Avaliação: muito bom /Preço: excelente (balcão)
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